Dados: A nova fronteira dos Serviços Financeiros

Os serviços financeiros estão mudando rapidamente, e o mercado de dados está se consolidando como a nova fronteira para bancos e fintechs. Com a digitalização expandindo o acesso financeiro em todo o mundo, instituições que dominam a utilização de dados estão se destacando em um setor cada vez mais competitivo.

Na América Latina, o salto de inclusão financeira de 55% em 2017 para 74% em 2021 ampliou o mercado potencial para bancos e fintechs. Mais clientes significam mais transações e, consequentemente, mais dados. Essa transformação está tornando produtos financeiros básicos, como contas e cartões, commodities. O diferencial agora está em como essas instituições utilizam seus dados para criar experiências personalizadas e prever as necessidades dos clientes.

Fintechs como o Nubank lideram essa revolução. A aquisição de empresas como Hyperplane e Olivia mostrou que não se trata apenas de tecnologia, mas de estratégias centradas em dados. Esse movimento transformou a forma como os serviços financeiros são oferecidos, indo além de produtos tradicionais para se tornarem experiências integradas e customizadas.

O mercado global também reflete essa tendência. O Fintech Index destaca o crescimento extraordinário das fintechs de pagamentos, com um aumento de +1064,4% nos últimos anos, superando segmentos tradicionais como Nasdaq (+286,7%) e S&P500 (+182,4%). No Brasil, o Pix revolucionou o setor, democratizando o acesso e reduzindo custos de transação para comerciantes em até 85% em relação às taxas de cartões de crédito.

Os dados técnicos reforçam como a infraestrutura financeira está evoluindo para suportar a economia de dados. Por exemplo, em setembro de 2024, o Pix já contava com 173 milhões de usuários — pessoas físicas e jurídicas — realizando bilhões de transações mensais. Essa adesão massiva gerou uma base de dados robusta para alimentar o Open Finance, que, por sua vez, impulsiona inovações como análise preditiva de crédito, personalização de produtos e identificação de fraudes.

A evolução não está apenas no lado das fintechs, mas também nos bancos tradicionais. Segundo estimativas do mercado, instituições financeiras no Brasil investirão até USD 8 bilhões em tecnologia até 2026, com foco em inteligência artificial. Esses recursos estão sendo direcionados para transformar a gestão de dados em um ativo estratégico, criando algoritmos que analisam o comportamento dos consumidores para prever demandas futuras e oferecer soluções mais assertivas.

A monetização de dados também está ganhando tração. Empresas como o PayPal mostram como a utilização de dados pode ultrapassar os limites dos serviços financeiros tradicionais. Com mais de 400 milhões de usuários globais, a empresa está investindo em um modelo de publicidade baseado em dados transacionais, permitindo que marcas alcancem consumidores com alta precisão. Esse movimento exemplifica como a economia de dados transcende o setor financeiro e impacta outras indústrias.

No Brasil, o cenário regulatório também tem apoiado essa transformação. A implementação do Open Finance, juntamente com o sucesso do Pix, está criando um ambiente favorável para inovação. O Banco Central, com sua abordagem proativa, está reduzindo as barreiras para o compartilhamento de dados e facilitando a conectividade entre diferentes players do mercado. Isso está abrindo novas oportunidades para startups e empresas estabelecidas desenvolverem soluções integradas e escaláveis.

Essa nova economia exige que bancos e fintechs se tornem verdadeiras "data factories". Quem domina os dados e os utiliza para criar insights significativos está no controle do futuro. Exemplos como o PayPal, que usa dados transacionais para explorar o mercado de publicidade, mostram o poder da personalização em tempo real e como a economia de dados está se tornando central para a inovação.

A NPK Ventures está à frente dessa transformação, auxiliando fintechs e bancos a otimizar a gestão e o uso de dados para criar soluções inovadoras. Apoiamos empresas a liderarem a revolução do Open Finance e a desenvolverem estratégias baseadas em dados para se destacar no mercado.